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Interdição: a difícil decisão de agir

Interdição: a difícil decisão de agir

Ao passo em que envelhecemos nossa capacidade de interação com o mundo ao nosso redor diminui. Esse fenômeno é esperado, pois consequência natural do envelhecimento. Algumas vezes, contudo, somos acometidos por doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer que tendem a acelerar este processo. Quando o envelhecimento coloca a pessoa em situações de risco ou a torna incapaz de discernir sobre o que é melhor para si, deve o familiar mais próximo considerar a possibilidade de interditar aquela pessoa que deseja ver bem.

Caso muito emblemático e que se tornou conhecido pela repercussão na mídia, foi a interdição do músico João Gilberto promovida pelos filhos. A interdição, aceita pela justiça, se justificou pela incapacidade do músico em gerir suas próprias finanças, de maneira que a interdição foi autorizada pelo judiciário para resguardar os interesses do próprio músico. Neste caso, um dos filhos foi nomeado curador e, com a decisão judicial, pôde tratar das questões contratuais do pai diretamente com as gravadoras.

Situações em que a pessoa, seja por causas naturais ou de doença, não consegue mais gerir suas finanças ou se fazer presente em compromissos inadiáveis, como prova de vida perante o INSS para manutenção do benefício previdenciário, são situações exemplificativas que justificam a promoção da interdição de uma pessoa querida.

Diego Rovéa Soares